A entrevista sugerida traz a tona muitas situações vivenciadas hoje com o uso da internet. Interessante a fala da pesquisadora quando afirma que "as pessoas criam emergências epistemológicas", conectando-se em situações nas quais deveriam estar interagindo face a face umas com as outras. O estar conectado, hoje, sobretudo em redes sociais, parece ser imperativo, mas é preciso estar atento aos usos e consumos da internet. Edgar Morin, pesquisador das culturas de massas, ao ser perguntado certa vez se a internet serve como um instrumento de democratização da informação ou de dominação afirmou que: "ela é um pouco de tudo, é uma coisa polivante, serve a cultura, ao conhecimento, a especulação financeira, a pornografia, a educação política, a expressão do pensamento individual (...) A questão a saber é se os aspectos positivos da internet serão mais fortes do que os traços negativos." Tudo passa pelo uso que fazemos das tecnologias, o que também requer um consumo consciente.
Esse blog foi criado visando o registro de atividades do curso de Formação Continuada de Tutores, realizado pelo SECADI/ Instituto UFC Virtual, em 2012.2. Serão relatados aqui discussões, experiências, dificuldades e desafios próprios do papel do tutor à distância. Tutoria da formação: Fernando Antônio de Castelo Branco e Ramos. Coordenação: Raquel Freire.
domingo, 30 de setembro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Ser tutor(a): quais os significados?
Indo a raíz da palavra "tutor", vemos que, etimologicamente, a palavra significava "guia", "protetor", o que tutelava. Contemporaneamente, numa perspectiva da educação, o termo tutor (a) passou a ser sinônimo de "mediador ", "facilitador","orientador acadêmico", ou seja, aquele(a) que se dedica a acompanhar o processo de aprendizagem humana, neste caso, de forma semipresencial. Para alguns especialistas, "o bom tutor deve promover a realização de atividades e apoiar sua resolução e, não apenas, indicar a resposta correta, deve oferecer fontes de informação e levar o aluno a compreendê-las". (LITWIN, 2001). Nesse sentido, uma compreensão profunda do aluno só é possível a partir de ações como 'guiar', 'acompanhar', 'orientar' e 'apoiar'. O diálogo é metodologia por excêlencia, seja na relação tutor/aluno, seja na relação entre pares.
Destacaria, aqui, duas dimensões importantes, a meu ver, quanto ao bom desempenho da tutoria, a saber: 1) a dimensão temporal, que pressupõe uma disponibilidade por parte do tutor(a) no sentido de acompanhar a dinâmica dos alunos, que no mais das vezes utilizam seu tempo livre para atividades on line, quer dizer, horários noturnos, fins de semana e feriados; 2) uma clara percepção em relação ao aluno "virtual", que requer, não muito diferente do aluno "real", respostas seguras em relação aos conteúdos discutidos num curso a distância, o que pressupõe leitura prévia ao material didático do curso e outras fontes de informação. Em síntese, podemos dizer, concordando com especialistas e com base na experiência de trabalho, que o tutor(a) é um ator:
1- Estimulador da participação
2- Avaliador da aprendizagem
3- Controlador da entrega de tarefas
4- Orientador acadêmico
5- Mediador do conhecimento
6- Facilitador das relações interpessoais
7- Reforçador de talentos
Não devemos perder de vista que embora a função de tutoria se concretize através de um processo mediado por máquinas, a dimensão humana deve prevalecer em todo o processo de ensino-aprendizagem. Sobre essa discussão, compartilho um interessante artigo disponível no Jornal da Ciência, intitulado Tecnologia da alma.
2- Avaliador da aprendizagem
3- Controlador da entrega de tarefas
4- Orientador acadêmico
5- Mediador do conhecimento
6- Facilitador das relações interpessoais
7- Reforçador de talentos
Não devemos perder de vista que embora a função de tutoria se concretize através de um processo mediado por máquinas, a dimensão humana deve prevalecer em todo o processo de ensino-aprendizagem. Sobre essa discussão, compartilho um interessante artigo disponível no Jornal da Ciência, intitulado Tecnologia da alma.
sábado, 22 de setembro de 2012
Ponto de Partida
Iniciarei meu relato sobre a atividade de tutoria à distância registrando algumas impressões surgidas a partir de mediações e intervenções junto a professores da educação básica de Fortaleza-Ce, participantes do curso de Extenção/Aperfeiçoamento em Educação em Direitos Humanos (MEC/CAPES/SECADI/ Instituto UFC Virtual), iniciado em maio de 2012.
Atuar como professora-tutora neste curso tem sido uma experiência muito rica, não somente pelo aprendizado de novas formas de sociabilidade aplicadas a educação, a partir de plataformas virtuais, mas, sobretudo, pela possibilidade de 'apropriação' de uma temática tão ampla, que é a questão dos direitos humanos.
Na condição de tutora, observo que assim como uma sala de aula 'real', um ambiente virtual de aprendizagem requer a colaboração de todos os atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Requer também um novo entendimento sobre o papel do professor e do aluno face aos conteúdos de ensino. Nesse sentido, uma palavrinha chave é a autonomia. Paulo Freire já afirmava sabiamente que "ninguém é sujeito da autonomia de ninguém", e que esta "enquanto amadurecimento do ser para si é processo, é vir a ser".
Em se tratando da modalidade de ensino a distância, uma postura autônoma e de gerenciamento do próprio tempo, por parte do aluno, parece ser um requisito essencial para êxito nos estudos, embora ainda predomine um certo 'estranhamento' quanto a uso de novas tecnologias na área da educação e dificuldades de utilização das mesmas.
Sobre essa questão, compartilho, de ínicio, uma matéria sobre o uso da internet por docentes brasileiros. Segue o link:
http://vozesdaeducacao.org.br/blog/2012/07/04/docentes-brasileiros-utilizam-a-internet-e-possuem-computador/
Atuar como professora-tutora neste curso tem sido uma experiência muito rica, não somente pelo aprendizado de novas formas de sociabilidade aplicadas a educação, a partir de plataformas virtuais, mas, sobretudo, pela possibilidade de 'apropriação' de uma temática tão ampla, que é a questão dos direitos humanos.
Na condição de tutora, observo que assim como uma sala de aula 'real', um ambiente virtual de aprendizagem requer a colaboração de todos os atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Requer também um novo entendimento sobre o papel do professor e do aluno face aos conteúdos de ensino. Nesse sentido, uma palavrinha chave é a autonomia. Paulo Freire já afirmava sabiamente que "ninguém é sujeito da autonomia de ninguém", e que esta "enquanto amadurecimento do ser para si é processo, é vir a ser".
Em se tratando da modalidade de ensino a distância, uma postura autônoma e de gerenciamento do próprio tempo, por parte do aluno, parece ser um requisito essencial para êxito nos estudos, embora ainda predomine um certo 'estranhamento' quanto a uso de novas tecnologias na área da educação e dificuldades de utilização das mesmas.
Sobre essa questão, compartilho, de ínicio, uma matéria sobre o uso da internet por docentes brasileiros. Segue o link:
http://vozesdaeducacao.org.br/blog/2012/07/04/docentes-brasileiros-utilizam-a-internet-e-possuem-computador/
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